Entre o teatro e a escrita, a longa colaboração e, também, duradoura amizade entre Filipa Leal e Pedro Lamares, entrelaça-se nessa bonita trança que é a poesia.
Das noites de declamação nas caves do Café Pinguin, no Porto, até à tela da RTP 2, em programas como Literatura Aqui ou Nada Será Como Dante, a divulgação literária e poética marca essa parceria com 25 anos existência.
Num estilo provocador e irónico a dupla lê e o diz O Manifesto Pelos Leitores de Poesia, da autoria de Filipa Leal, livro editado pela Abysmo, em 2015.
a partir de "Manifesto Pelos Leitores de Poesia" de Filipa Leal
criação e interpretação de Filipa Leal e Pedro Lamares
com a participação especial de Carolina Rocha
direcção técnica Joaquim Madaíl
um projecto Casca de Noz
promoção, difusão e agendamento Companhia Nacional de Espectáculos
Porto em 1979.
Tem 11 livros publicados (desde 2003), entre os quais A Cidade Líquida e O Problema de Ser Norte (ed. Deriva), ou os mais recentes Vem à Quinta-feira e Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano (ed. Assírio & Alvim), ambos finalistas do Prémio Correntes d’Escritas e semifinalistas do Prémio Oceanos. Está editada em Espanha (La Ciudad Líquida, ed. Sequitur, Madrid, 2010); na Colômbia (En los días tristes no se habla de aves, ed. Tragaluz, Medellín, 2016); e em França (La Ville Oubliée, ed. Cahiers de l’Approche, Angoulême, 2021). Formada em Jornalismo pela Universidade de Westminter (Londres), é Mestre em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Está representada em várias antologias em Portugal e no estrangeiro (Venezuela, Bulgária, Holanda, Eslovénia ou Grécia). Em 2010, teve um dos seus poemas exposto no Metro de Varsóvia, na iniciativa «Poems on the Underground». Em 2012 e 2014, representou Portugal em encontros literários na Alemanha – no Festival de Poesia de Berlim 2012 e na Conferência dos Escritores Europeus 2014/Long Night of European Literature, no âmbito da qual fez uma leitura dos seus poemas no Deutsches Theater. Em 2016, o seu poema «Hoje, também os carros dançam» integrou uma instalação sonora europeia na British Library, em Londres. Em 2021, a compositora colombiana Mónica Giraldo adaptou um poema seu («Digo-te por Isso»/«Te Digo por Eso»), que interpreta no álbum Hubo um Tiempo. No mesmo ano, Filipa Leal atreveu-se nas primeiras letras de canções: «Mudar de Canção», a convite da banda The Happy Mess, já lançada no disco Jardim da Parada; e «Ferida», adaptação livre de «Fever» (imortalizada por Peggy Lee), a convite de Mafalda Veiga para o seu novo concerto SOLO. Poeta, jornalista e argumentista (destaque para o guião do filme Jogo de Damas, com a realizadora Patrícia Sequeira – Prémio de Melhor Guião nos Festivais de Cinema do Chipre e de Copenhaga), apresenta atualmente, com Pedro Lamares, o programa de literatura Nada Será Como Dante na RTP2.
Clara Gomes
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