Chá das Cinco - Peça para quatro amigas mais uma que nunca mais chega é um espetáculo performativo de circo, utilizando qualquer espaço como palco. Procura a interacção com o público de todas as idades e expressa-se através da dança, música, clown, mímica, equilíbrios, aéreos e manipulação de objectos.
O presente, o aqui e o agora, aquando do bebericar e do desfrutar da essência da infusão. Mas, ao contrário do que se espera, a paz não acontece. E a utópica calma do chá contrapõe-se às ansiosas situações e imprevistos que dele vão surgindo – a água que nunca mais aquece, o chá que nunca mais está pronto e a amiga que nunca mais chega.
Questionámos como tudo pode servir como motor criativo. Desafiámo-nos a criar uma peça com quase nada: uma mesa e cinco cadeiras.
Um espetáculo desenhado para ser minimalista, para viajar e ser apresentado de forma descomplicada.
Uma criação colectiva executada por um elenco de cinco mulheres. Com cinco energias diferentes, cinco personalidades, cinco maneiras de ser - apesar de uma não ter ainda chegado.
criação e interpretação Daniela Castro, Joana Carmo Martins, Marta Costa, Rita Carmo Martins
música Daniela Leite Castro, Gabriela Braga Simões, Laura Felícia, José Afonso
cenografia Rui Sousa e Hélder Silva
direção técnica André Leite
fotografia JPedro Martins
criação Coração nas Mãos – Associação Cultural e Artística
promoção, difusão e agendamento Companhia Nacional de Espectáculos
apoio à criação Estúdio 80 Pilates, Academia de Dança de Matosinhos
Coração nas Mãos surge da paixão de duas irmãs pelos aéreos. Manifesta-se da vontade de fazer algo sincero e honesto, usando o circo como base e como veículo de expressão. Cruzando-o com as mais diferentes áreas, apoia-se fortemente na imagética, procurando explorar situações quotidianas e imaginárias. O corpo, traçando figuras no ar, impõe-se como objecto estético por si só. Partindo sempre de momentos espontâneos, explora de forma suave a parte mais profunda e íntima do ser. Uma viagem, elevando o espírito, consciencializando a mente. Do baloiçar de um trapézio à simplicidade de um gesto; a liberdade e o âmago leve.
Uma ode à beleza. Poesia, em suspensão.
Catarina Ferreira, in Jornal de Notícias