Em Censurados: A Música que Desafiou a Ditadura, o autor e intérprete Rui David transporta-nos de volta aos anos da ditadura em Portugal, numa evocação dos 50 anos da Revolução dos Cravos. Este espetáculo cativante e educativo, pensado especificamente para o público escolar entre os 10 e os 16 anos, oferece uma visão poderosa e emocionante do período em que a censura governava, limitando a liberdade de expressão e a criatividade artística.
Rui David, jornalista de formação e músico por vocação, utiliza sua paixão pela música para nos contar histórias fascinantes sobre a resistência à censura durante a ditadura portuguesa. Leva-nos numa viagem pelo tempo, revelando como os cantautores usavam as suas letras e músicas para sussurrar mensagens de esperança, liberdade e resistência.
Este espetáculo é uma celebração da Música como uma poderosa ferramenta de mudança social e política. Rui David, partilha experiências e testemunhos ao longo deste espectáculo onde os estudantes serão convidados a refletir sobre o valor da liberdade de expressão e a importância de lutar pelos direitos humanos.
Censurados: A Música que Desafiou a Ditadura não apenas educa, mas também inspira jovens espectadores a valorizar a liberdade que muitos de nós hoje consideram garantida.
Numa mistura de música ao vivo, discos de vinil e gira-discos, palestra e uma visão única da história recente de Portugal, este espetáculo é uma celebração da coragem daqueles que se recusaram a ser silenciados, utilizando a música como uma arma de resistência em tempos sombrios.
criação e interpretação de Rui David
um projecto Companhia Nacional de Espectáculos
promoção, difusão e agendamento Companhia Nacional de Espectáculos
Portugal, abril de 1974.
Os capitães de abril estavam em contagem decrescente para a madrugada que pretendiam que fosse o princípio da liberdade.
Os planos estavam organizados e feitos na esperança que não fossem cometidos erros do passado. Um dos pormenores considerado importante seria a transmissão de uma segunda senha musical que desse indicação aos militares de todo o país que tudo corria como previsto.
Assim, estava indicado que, às 00h20 de 25 de abril, a partir dos estúdios da Renascença, no Chiado, em Lisboa, fosse passada a música “Venham mais cinco”, de Zeca Afonso. No entanto, surgiu um problema de última hora.
“Às duas da tarde é-nos comunicado que o ‘Venham mais cinco’ estava proibido pela censura”, lembra Carlos de Almada Contreiras, capitão de Mar e Guerra e um dos capitães de abril. Perante esta proibição, impunha-se uma “mudança tática”: escolher outra música para ser a segunda senha e reescrever “o impresso que já estava feito para o país todo a comunicar como é que as coisas se desenrolavam.
É então escolhida outra canção. “Como alentejano que sou, lembrei-me do ‘Grândola, Vila Morena’ que estava um bocado também na calha”, conta à Renascença Carlos Contreiras.
Cristiana Nascimento in rr.sapo.pt
Prof. Pedro Marujo, AE Constância
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