Nesta oficina, partiremos de uma hipótese de Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido: “toda a gente pode fazer teatro, até os atores”.
Assim, procuraremos tornar a condição de espectador menos “obscena”, que é, literalmente, o que a empurra para fora de cena.
A partir de exercícios de desmecanização do corpo, de teatro jornal e de teatro-fórum, convidaremos os participantes a tomarem as suas próprias experiências e motivações como ponto de partida para construirmos pequenas cenas e dispositivos dramatúrgicos que exploram o espaço entre a realidade tal como ela é e a realidade tal como a desejamos.
uma ideia/ com Pedro Lamares e José Soeiro
produção Companhia Nacional de Espectáculos
fotografias Pedro Lamares | Wavebreakmedia | Pexel
promoção, difusão e agendamento Companhia Nacional de Espectáculos
O Teatro do Oprimido, método político-teatral criado pelo brasileiro Augusto Boal, toma como ponto de partida uma inquietação profunda: será possível restituir a todos a capacidade de ser simultaneamente espectador crítico do que acontece e criador ativo da realidade?
As suas hipóteses são também ambiciosas: “toda a gente pode fazer teatro, até os atores”; é preciso “devolver ao povo os meios de produção teatral”; um teatro transformador não é o que apresenta uma realidade fechada mas o que coloca um problema que cabe ao público discutir e, sobretudo, transformar.
No Teatro do Oprimido, o público rompe a quarta parede invisível que separa palco e plateia, os que observam (espectadores) dos que detêm o monopólio da ação (os atores).
A partir da condição de espectator, quem vê uma peça é chamado a vir ensaiar, no “palco”, soluções possíveis para o problema que ela coloca.
O teatro-fórum, provavelmente a modalidade mais difundida do Teatro do Oprimido, é hoje utilizado em centenas de países no trabalho social, político e educativo.
Fonte: Projeto Biosense
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