Este projecto tem como ponto de partida as vidas de pessoas que, como parte da luta contra o regime fascista e colonialista Português, viveram na Europa de Leste.
Estas pessoas combatiam pelo fim da ditadura e pela independência das antigas colónias como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Que impacto é que este tempo passado do outro lado da Cortina de Ferro teve nas suas vidas? Mudou a sua perspetiva acerca do comunismo?
Alguns deixaram o partido após essa experiência.
Outros mantiveram-se comunistas.
Alguns apaixonaram-se e formaram família no outro lado da Cortina; outras famílias desmoronaram com o colapso do comunismo em 1989.
Baseado nos relatos recolhidos através de pessoas que viveram estas situações e nas histórias dos intérpretes (de Angola, Cabo Verde, República Checa, Alemanha, Moçambique e Portugal) e das suas famílias, este espectáculo questiona as relações entre o amor, laços familiares e política.
criação André Amálio e Tereza Havlíčková
intérpretes André Amálio, Beatrice Cordier, Andreia Galvão, Jorge Cabral, Mbalango, Tereza Havlíčková
assistência de encenação Cheila Lima
cenografia e figurinos Ana Paula Rocha
assistente de cenografia Aurora dos Campos
desenho de luz e direcção técnica Joaquim Madaíl
vídeo Marta Salazar
músico Mbalango
produção executiva Maria João Santos / Ana Lage
fotos Tom Dachs
co-produção Culturgest (Lisboa, Portugal), Thêátre de la Ville (Paris, França), euro-scene Leipzig (Alemanha)
residência artística O Espaço do Tempo (Portugal), Armazém 22 (Portugal), euro-scene Leipzig (Alemanha), Passages Transfestival (França), Festival Zero Point (República Checa) e Schloss Bröllin (Alemanha)
promoção, difusão e agendamento Companhia Nacional de Espectáculos
projeto financiado por Fundo de Fomento Cultural e apoio à Internacionalização da República Portuguesa-Ministério da Cultura / DG Artes.
É uma Companhia formada por André Amálio (Portugal) e Tereza Havlíčková (República Checa).
Têm vindo a desenvolver espectáculos de teatro documental que exploram as fronteiras entre teatro, dança e performance. Utilizam no seu trabalho uma sobreposição de material autobiográfico, narrativas familiares, histórias nacionais, testemunhos, entrevistas e pesquisa historiografica. Abordam questões não discutidas na sociedade actual sobre o passado recente ligadas ao colonialismo, fascismo e comunismo, procurando estabelecer pontes entre o passado e o presente. Também discutem nos seus trabalhos questões actuais como a migração, o ambiente e a gentrificação.
O trabalho da Hotel Europa foi apresentado em Portugal, Brasil, França, Alemanha, Espanha, República Checa e Eslováquia.
Mediapart.fr
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